Nossa, pensei muitas e muitas coisas lendo esse seu texto dessa semana. Achei especialmente bonito o que o Tolstói falou do artista do futuro, não sei se entendi tudo errado, mas acho que essa coisa que temos de ter que fazer tudo em busca de um grande reconhecimento, de sermos gênios, traz muito mais sofrimento do que só uma arte mais comum, acho que limita muitas possibilidades e a criatividade de cada um. Enfim, amo tudo que você escreve
Acho que é isso mesmo :) Agora que vc falou, eu deveria ter sido mais enfática nessa conclusão. Vou pensar em editar o finalzinho do texto mais tarde! Obrigada por sempre estar por aqui 🥰
Adorei, Ariela. Na última semana fui num evento literário sobre não ficção e surgiu o tema "escrever sobre si mesmo". Uma das participantes levantou o ponto de que as mulheres quando começaram a escrever, por terem suas vidas restritas, os faziam sobre si, suas casas, suas relações. Foi tratado como banal. Acredito que todo autor, seja ficção ou não, traz nas palavras um pouco de si mesmo que seja através de personagens. Já me vi no dilema "estou sendo muito egoica ao escrever isso?", achei bom a reflexão no fim porque existe mesmo uma linha que se atravessa e se chega na banalização de nós mesmos, vulgo parte dos conteúdos de instagram. Enfim... tagarelei muito. Amei as citações de Tolstói.
Tolstói é muito bacana, principalmente na fase mais doida! Acho que tem uma diferença entre a gente falar de si como uma abertura pro outro, ou como um meio de fazer das nossas vidas uma reflexão sobre as experiências comuns, e falar de si como idealização da própria vida. Adorei a tagarelagem, fique sempre à vontade ❤️
Gosto muito dessas reflexões sobre a posição (ordinária ou extraordinária) do artista e, particularmente, do escritor. Tenho um sério problema com o autor-celebridade, cuja subjetividade é posta acima dos comuns - talvez por isso não aprecie muito entrevistas com escritores falando de seu modo de criação, sobre sua rotina e outras curiosidades pessoais. O trecho de Tolstói lembra-me, num certo sentido, o texto O que é um autor?, do Foucault. Obrigada pela reflexão.
Agora fiquei curiosa com o texto de Foucault! Também não tenho simpatia por glamourização de subjetividade de escritor… Acho incrível que a internet abre a possibilidade de ouvir as vozes de várias pessoas comuns, sem o filtro de uma instituição como uma editora por trás. Acho que muitas coisas se beneficiam por institucionalização - ciência, por exemplo - mas não necessariamente o domínio da tarde. Estou com Tolstói quando ele fala que, se arte é de fato essencial, ela é por todos e para todos.
Nossa, pensei muitas e muitas coisas lendo esse seu texto dessa semana. Achei especialmente bonito o que o Tolstói falou do artista do futuro, não sei se entendi tudo errado, mas acho que essa coisa que temos de ter que fazer tudo em busca de um grande reconhecimento, de sermos gênios, traz muito mais sofrimento do que só uma arte mais comum, acho que limita muitas possibilidades e a criatividade de cada um. Enfim, amo tudo que você escreve
Acho que é isso mesmo :) Agora que vc falou, eu deveria ter sido mais enfática nessa conclusão. Vou pensar em editar o finalzinho do texto mais tarde! Obrigada por sempre estar por aqui 🥰
Adorei, Ariela. Na última semana fui num evento literário sobre não ficção e surgiu o tema "escrever sobre si mesmo". Uma das participantes levantou o ponto de que as mulheres quando começaram a escrever, por terem suas vidas restritas, os faziam sobre si, suas casas, suas relações. Foi tratado como banal. Acredito que todo autor, seja ficção ou não, traz nas palavras um pouco de si mesmo que seja através de personagens. Já me vi no dilema "estou sendo muito egoica ao escrever isso?", achei bom a reflexão no fim porque existe mesmo uma linha que se atravessa e se chega na banalização de nós mesmos, vulgo parte dos conteúdos de instagram. Enfim... tagarelei muito. Amei as citações de Tolstói.
Tolstói é muito bacana, principalmente na fase mais doida! Acho que tem uma diferença entre a gente falar de si como uma abertura pro outro, ou como um meio de fazer das nossas vidas uma reflexão sobre as experiências comuns, e falar de si como idealização da própria vida. Adorei a tagarelagem, fique sempre à vontade ❤️
Gosto muito dessas reflexões sobre a posição (ordinária ou extraordinária) do artista e, particularmente, do escritor. Tenho um sério problema com o autor-celebridade, cuja subjetividade é posta acima dos comuns - talvez por isso não aprecie muito entrevistas com escritores falando de seu modo de criação, sobre sua rotina e outras curiosidades pessoais. O trecho de Tolstói lembra-me, num certo sentido, o texto O que é um autor?, do Foucault. Obrigada pela reflexão.
Agora fiquei curiosa com o texto de Foucault! Também não tenho simpatia por glamourização de subjetividade de escritor… Acho incrível que a internet abre a possibilidade de ouvir as vozes de várias pessoas comuns, sem o filtro de uma instituição como uma editora por trás. Acho que muitas coisas se beneficiam por institucionalização - ciência, por exemplo - mas não necessariamente o domínio da tarde. Estou com Tolstói quando ele fala que, se arte é de fato essencial, ela é por todos e para todos.
Amo quando chega sua newsletter porque sei que sempre tem uma reflexão boa e algo novo pra aprender. Obrigada por isso <3
Obrigada <3 amo escrever as news, fico muito feliz quando as pessoas gostam!
Você me fez lembrar J. Borges!
Tenho um quadrinho dele aqui em casa :)