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Leliano Felipe's avatar

Depois de ler o livro, eu acho que a Tati bebeu tanto em Ernaux e no Ed Louis que caiu de bêbada, está de ressaca e todo mundo finge que não viu (tem algo mais da elite paulistana que isso?). Se ela tivesse trazido mais questões sobre o “autodesprezo de uma infância feliz”, ao invés do ernauxriano “não lugar”, seria muito mais interessante. Se ela tivesse trazido mais questões sobre tirar onda da cara da elite, mas ansiar compulsivamente em transformar a filha numa, seria muito mais interessante. Além disso, ela fica contando cada doação, grande ou migalha, que faz — principalmente para os pais — e eu pergunto: tem algo mais da elite paulistana que isso? Para quem, como eu, vive nas margens do interior, tenho um WhatsApp pra mandar pra Tati: você sente que não pertence à elite, mas se comporta como uma — e talvez o humor não te esconda mais disso. Te amo.

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Vana Medeiros's avatar

Entendo, mas há que se pensar: um livro com um tema interessante, que suscita discussões interessantes, mas muito mal escrito, é um bom livro? Não acho que seja o suficiente. Também li pela polêmica e pra tentar entender como diabos Tati Bernardi poderia ter pretensões de Annie Ernaux. E tive que me esforçar muito pra chegar no final, de tanta raiva do desfile de clichês e da falta de trato com a linguagem.

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