Tô com esse seu texto desde ontem na cabeça. Eu vinha sentindo uma preguiça que nem é só com livros, mas com outros tipos de leitura - newsletters, ensaios jornalísticos, artigos e outras coisas que geralmente gosto de ler. Eu estava com preguiça até dos meus próprios textos, mas sem conseguir muito dizer o que é. Parece que o sentimento começou a diminuir depois que eu saí das redes sociais pra uns dias de descanso - inclusive tô aqui por isso -, mas ainda assim não tava claro pq isso estava me afetando, de onde vinha exatamente o que eu tava sentindo. Seu texto me deu um estalo, uma pista concreta sobre essa preguiça (um termo que para falar a verdade eu nem gosto, pq esconde uma justificativa real que explica a falta de disposição para as coisas). A necessidade de ser muito assertivo e explicativo o tempo todo nesses espaços da rede parece que não é só cansativa, mas talvez também achate essa abertura que só qd vc está disposto a ir construindo ideias e histórias aos poucos proporcionam. Muita coisa pra pensar sobre isso.
Nossa, Carla, eu estava (estou?) também sofrendo desse mal: fiquei com uma fadiga até da voz que sai dos meus textos (porque ao menos eu não tenho o dom de escrever com a facilidade da palavra falada; a voz do texto é sempre diferente da minha). Eu ainda não sei se estou recuperada, mas essa edição da newsletter pelo menos me ajudou a elaborar. Acho que tem também um componente que vc explora em alguns textos - como as coisas estão repetitivas. Mesmo as ideias e as explicações parecem cansadas, versões de versões de coisas que a gente já viu. E a gente não tira os nossos próprios pensamentos do vazio, né? Estamos sempre pensando e elaborando com base nos fios puxados por outras pessoas. De repente até as minhas ideias parecem iguais e nem eu mais tenho paciência pra elas.
Eu amei seu texto, amei muito! Mas não estou com cabeça para elaborar um comentário, embora talvez essa fagulha do que está rondando as pessoas seja o que faz uma obra seguir relevante tanto tempo depois. Ao menos uma das coisas.
Fiquei muito feliz de ler seu texto, porque quero reler Anna Karenina - eu li aos 15 anos e vou fazer 30, quero muito ver como metade de uma vida mudou meu jeito de entender o livro - e agora fiquei até mais animada ❤️
Eu também li pela primeira vez aos 15 anos! O texto da Juliana Cunha que eu linkei é muito bom! Dá uma animada pra reler mesmo. Eu fiz um curso dela sobre Guerra e Paz ano passado e também valeu super a pena como empurrão pra leitura
Ontem, em atendimento psi, cheguei num pensamento que gostei: estamos sempre ensaiando algo e isso pode ser tão bonito, sabe? Conclusões são gostosas mas também podem ser meio metidas à besta, como um encerramento de assunto que não precisa ter fim. Assim tento escrever minhas newsletters, como um ensaio, uma tentativa. E nem mesmo do quê eu sei.
tô nessa fadiga tb. todo livro q começo a ler, deixo pela metade. só consigo ler poemas e contos avulsos. tava achando q era por causa do retorno ao trabalho presencial, o trânsito pesado nas idas e vindas, o estresse da campanha eleitoral, o apelo contínuo das redes pela atenção... mas aí a gente encontra pepitas de texto como este seu artigo e sai da leitura refrescado. vc me trouxe a lembrança d qdo li esse romanção, numa tradução da paz e terra q encontrei em 2007 num sebo da real grandeza, no rio de janeiro. nunca me esqueço daquela cena de abertura em q a gente é apresentado à criança mimada q era gwendolein num cassino pelo olhar investigativo do daniel. obrigado, ariela. obrigado...
Tô com esse seu texto desde ontem na cabeça. Eu vinha sentindo uma preguiça que nem é só com livros, mas com outros tipos de leitura - newsletters, ensaios jornalísticos, artigos e outras coisas que geralmente gosto de ler. Eu estava com preguiça até dos meus próprios textos, mas sem conseguir muito dizer o que é. Parece que o sentimento começou a diminuir depois que eu saí das redes sociais pra uns dias de descanso - inclusive tô aqui por isso -, mas ainda assim não tava claro pq isso estava me afetando, de onde vinha exatamente o que eu tava sentindo. Seu texto me deu um estalo, uma pista concreta sobre essa preguiça (um termo que para falar a verdade eu nem gosto, pq esconde uma justificativa real que explica a falta de disposição para as coisas). A necessidade de ser muito assertivo e explicativo o tempo todo nesses espaços da rede parece que não é só cansativa, mas talvez também achate essa abertura que só qd vc está disposto a ir construindo ideias e histórias aos poucos proporcionam. Muita coisa pra pensar sobre isso.
Nossa, Carla, eu estava (estou?) também sofrendo desse mal: fiquei com uma fadiga até da voz que sai dos meus textos (porque ao menos eu não tenho o dom de escrever com a facilidade da palavra falada; a voz do texto é sempre diferente da minha). Eu ainda não sei se estou recuperada, mas essa edição da newsletter pelo menos me ajudou a elaborar. Acho que tem também um componente que vc explora em alguns textos - como as coisas estão repetitivas. Mesmo as ideias e as explicações parecem cansadas, versões de versões de coisas que a gente já viu. E a gente não tira os nossos próprios pensamentos do vazio, né? Estamos sempre pensando e elaborando com base nos fios puxados por outras pessoas. De repente até as minhas ideias parecem iguais e nem eu mais tenho paciência pra elas.
Aí, mais um pra lista de leitura.
Gosto muito da forma como você elabora seus textos, Ariela! Vai conduzindo várias construções de pensamentos aqui.
Maravilhosa como sempre, beliscando várias inquietações, abraço!
Eu amei seu texto, amei muito! Mas não estou com cabeça para elaborar um comentário, embora talvez essa fagulha do que está rondando as pessoas seja o que faz uma obra seguir relevante tanto tempo depois. Ao menos uma das coisas.
Obrigada por deixar um comentário pra dizer que gostou :) adorei saber!
Fiquei muito feliz de ler seu texto, porque quero reler Anna Karenina - eu li aos 15 anos e vou fazer 30, quero muito ver como metade de uma vida mudou meu jeito de entender o livro - e agora fiquei até mais animada ❤️
Eu também li pela primeira vez aos 15 anos! O texto da Juliana Cunha que eu linkei é muito bom! Dá uma animada pra reler mesmo. Eu fiz um curso dela sobre Guerra e Paz ano passado e também valeu super a pena como empurrão pra leitura
Ontem, em atendimento psi, cheguei num pensamento que gostei: estamos sempre ensaiando algo e isso pode ser tão bonito, sabe? Conclusões são gostosas mas também podem ser meio metidas à besta, como um encerramento de assunto que não precisa ter fim. Assim tento escrever minhas newsletters, como um ensaio, uma tentativa. E nem mesmo do quê eu sei.
beijos.
Concordo muito!
tô nessa fadiga tb. todo livro q começo a ler, deixo pela metade. só consigo ler poemas e contos avulsos. tava achando q era por causa do retorno ao trabalho presencial, o trânsito pesado nas idas e vindas, o estresse da campanha eleitoral, o apelo contínuo das redes pela atenção... mas aí a gente encontra pepitas de texto como este seu artigo e sai da leitura refrescado. vc me trouxe a lembrança d qdo li esse romanção, numa tradução da paz e terra q encontrei em 2007 num sebo da real grandeza, no rio de janeiro. nunca me esqueço daquela cena de abertura em q a gente é apresentado à criança mimada q era gwendolein num cassino pelo olhar investigativo do daniel. obrigado, ariela. obrigado...
Essa cena de abertura é incrível, né? Que legal encontrar alguém que já leu Daniel Deronda! Fiquei feliz!
sim! lembro tb d qdo ele faz caiaque, a do pedido de casamento com a moça judia [não lembro o nome dela], a morte do marido da gwen... é um livraço
Adorei esse encontro entre duas das pessoas que mais gosto de ler neste mundinho da newsletter: Ariela e Juliana Cunha!