Engraçado ler as notas sobre criação e o texto terminar falando de ego e livro de histórias... Semana passada eu estava tentando fazer uma definição do que era criação na sessão de análise e, embora não tenha chegado a lugar nenhum (me perdi nas incoerências), fiquei com sensação estapafúrdia de que criação é um negócio entre a boca do estômago e a mente. Depois fiquei pirando que se fosse pensar logicamente, criação deveria estar lá embaixo né... lá onde a gente se reproduz.
Tem uma dicotomia entre o criar mental e o biológico que me pega as vezes. Enfim.
(fui 100% a louca de palestra aqui no comentário, né?)
Que interessante, eu nunca pensei nisso de criatividade estar num local específico. E também acho que sou anti-dualista: não sei se identifico em mim algo parecido como uma oposição corpo-espírito, mental-biológico. Acho que a gente é um corpo, um sistema integrado, e mesmo os processos mentais são corpo (as nossas ligações neurais e tal).
Acho que esse foi o meu preferido até agora, e olha que em geral eu adoro seus textos. O comodismo da internet me faz querer pedir links para os textos citados, mas vou tomar vergonha na cara e procurar eles pessoalmente. A parte sobre São Paulo e o imaginário coletivo da cidade que tem que ser sempre recriado me lembra "Ramadan", uma das histórias em Sandman, do Neil Gaiman, e o livro "The city we became" da N. K. Jemisin.
Sempre fico triste com DFW. Acho que ninguém de fato completa o que se propõe a fazer, mas ele em especial me parece uma perda muito grande. A sensação de que ele estava se aproximando de algo importante, mas não conseguiu chegar lá, é horrível. Esse trecho aí está no “This is water”.
Também fico triste. Mas tento pensar que o que ele fez já foi incrível, tem tantos mundos a explorar ali. E imaginei que o trecho fosse do This is water mesmo. Já o li algumas vezes, vou pegar essa semana de novo.
Não há vida sem uma camada de ficção. Não há quem se levante da cama sem ao menos uma crença em si ou nas possibilidades do mundo. Não há vergonha na invenção, apenas na mentira - sobretudo a mentira de si, o auto-engano.
Engraçado ler as notas sobre criação e o texto terminar falando de ego e livro de histórias... Semana passada eu estava tentando fazer uma definição do que era criação na sessão de análise e, embora não tenha chegado a lugar nenhum (me perdi nas incoerências), fiquei com sensação estapafúrdia de que criação é um negócio entre a boca do estômago e a mente. Depois fiquei pirando que se fosse pensar logicamente, criação deveria estar lá embaixo né... lá onde a gente se reproduz.
Tem uma dicotomia entre o criar mental e o biológico que me pega as vezes. Enfim.
(fui 100% a louca de palestra aqui no comentário, né?)
Que interessante, eu nunca pensei nisso de criatividade estar num local específico. E também acho que sou anti-dualista: não sei se identifico em mim algo parecido como uma oposição corpo-espírito, mental-biológico. Acho que a gente é um corpo, um sistema integrado, e mesmo os processos mentais são corpo (as nossas ligações neurais e tal).
Acho que esse foi o meu preferido até agora, e olha que em geral eu adoro seus textos. O comodismo da internet me faz querer pedir links para os textos citados, mas vou tomar vergonha na cara e procurar eles pessoalmente. A parte sobre São Paulo e o imaginário coletivo da cidade que tem que ser sempre recriado me lembra "Ramadan", uma das histórias em Sandman, do Neil Gaiman, e o livro "The city we became" da N. K. Jemisin.
Que isso, pode sempre pedir os links!!! Que bom que gostou ❤️
Terminando a leitura e chegando perto da estante para reabrir e escarafunchar de novo os livros de Foster Wallace
Sempre fico triste com DFW. Acho que ninguém de fato completa o que se propõe a fazer, mas ele em especial me parece uma perda muito grande. A sensação de que ele estava se aproximando de algo importante, mas não conseguiu chegar lá, é horrível. Esse trecho aí está no “This is water”.
Também fico triste. Mas tento pensar que o que ele fez já foi incrível, tem tantos mundos a explorar ali. E imaginei que o trecho fosse do This is water mesmo. Já o li algumas vezes, vou pegar essa semana de novo.
Não há vida sem uma camada de ficção. Não há quem se levante da cama sem ao menos uma crença em si ou nas possibilidades do mundo. Não há vergonha na invenção, apenas na mentira - sobretudo a mentira de si, o auto-engano.
maravilhoso! ❤